BLOG EM MANUTENÇÃO - Acesse o portal www.violadeouro.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FOI BONITA E EMOCIONANTE A FESTA DE ANIVERSÁRIO DA RÁDIO VIOLA DEOURO

.

Muitos convidados e amigos do radialista JC estiveram na festa de comemoração dos 12 anos do VIOLA DE OURO, realizada no sábado passado, em Ribeirão Preto.


A emoção tomou conta de todos com as apresentações de:
Pedro Bento e Zé da Estrada
Zé Mulato e Cassiano
 Lourenço e Lourival
Roberto Viola e João Carvalho
Alexandre e Samuel
Lucas Reis e Thácio Candido
JC e Toninho.


A alegria foi total com os muitos encontros e conversas havidos entre tantas pessoas presentes.


CONFIRA MAIS FOTOS 

Helvécio
 Parabéns JC pela programação, eu nao estive na festança pq a distância me separou, mas fico feliz de ler os comentários de quem foi, e é só elogio, quem sabe na próxima eu irei, abraço a tds.

Angela
 "...estive presente na festa e adorei!!!
Que Deus ilumine sempre JC e sua famíla.
"

Eder
"
Realmente uma festa muito bonita, só tenho que parabenizar o JC pela iniciativa, não só pelos grandes shows, mas também pelo ambiente de amizade que podemos desfrutar... enfim uma noite muito agradável, ficamos aqui aguardando os próximos eventos, que agora ja aprendemo o caminho...
JC e fica aqui o meu agradecimento por nos proporcionar tantas alegrias, grande abraço e fique com Deus."  

Magoa de boiadeiro- Pedro Bento e Zé da Estrada

Remoendo solidão- Zé Mulato e Cassiano

Paixão não me maltrate- Lucas Reis e Thácio Cândido

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CD WEB RÁDIO VIOLA DE OURO


Gravado na Festa de Aniversário da Web Rádio Viola de Ouro.
.
Aguardem...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O poeta Goiá


(Gerson Coutinho da Silva) – Nasceu em Coromandel, MG. Ainda jovem transferiu-se para Goiânia e passa dedicar-se à vida artística. Na década de 50, em Goiânia, forma o Trio Goiá, Goiazinho e Zé Micuim. Mais tarde já em São Paulo forma a dupla com Biá, formando Goiá e Biá. Grava também um disco solo: Goiá em Dueto. Deixou uma obra vasta. O tema de seus letras vai desde aspectos críticos dos costumes sociais, sobretudo inspirados em figuras tradicionais de sua terra natal, até ao mais profundo espírito sentimental retratando sua infância, seus amores e a própria existência humana. Entre as suas letras ganham destaque “Recordação” (Nenete e Dorinho); “Visita a Goiás” e “Saudade de Minha Terra” (Belmonte e Amaraí). Faleceu em Coromandel.

Esta é a transcrição fiel da biografia do poeta, escrita por ele mesmo de forma resumida, quase como um currículum.
Na música "Meu Pé de Cedro", o poeta pede, como último desejo, que seja enterrado em sua cidade natal, e que fosse plantado um "pé de cedro", junto ao seu túmulo. Seu desejo foi realizado em 20 de janeiro de 1981. Ele tinha muitos projetos, mas infelizmente sua perda foi inevitável.
GERSON COUTINHO DA SILVA (GOIÁ)
Filiação
Celso Coutinho da Silva
Margarida Rosa de Jesus
Nasci em 11 de janeiro de 1935, em Coromandel, na rua Raul Soares, numa casa que muitos anos depois ficou conhecida por "Casa do Períque" (o nosso Péricles, de saudosa memória);
Desde de pequeninho, sempre gostei de "falar versos"(recitar trovas), e como sempre recebiaem troca um "cachê" (doce, queijo, requeijão, etc.), meu entusiasmo cresceu sobremaneira, até que um dia, no auge da interpretação, quis dar um colorido especial à uma frase, expressando-a com bastante força, mas, o que todos ouviram foi um longo e grave ruído, considerado impróprio e vergonhoso, na presença "dos mais velhos", e foi assim que Coromandel perdeu seu declamador, de quatro anos de idade...
Ganhei de meu pai, uma gaita de boca, que foi minha companheira por muitos anos, até que troquei-a por um cavaquinho, mas, a minha alegria maior foi quando ganhei um violão "de tarrachas", que era o meu grande sonho... Comecei a cantar em dupla com vários parceiros, dentre eles, Anterino Coutinho, meu irmão Nelson, Geraldo Telles (Geraldinho do Vigilato), seu irmão José (Zé do Vigilato), e quando chegávamos naquelas festas animadas, o pessoal sempre dizia: - "Chegou o fio do Cerso cum seus cumpanhêro!" E a coisa "fervia" até o nascer do sol!
Essa época marcou muito para mim e é responsável, em grande parte, pela saudade impossível que sinto da infância!
Comecei a estudar música com o mestre José Ferreira e enquanto não terminava o curso, passei a ser o tocador de bumbo ou bombo, e como por essa ocasião eu formava dupla com o Miguelinho (filho do "Miguel Batalhão"), arranjei para ele um lugar na banda de música, como tocador de "tarol", e depois das retretas (Chapadão, Alegre, Mateiro, Santa Rosa, etc.), a gente cantava nas "Barracas" e o incentivo era imenso.
Após passarmos uma temporada em Lagamar, em casa de minha irmã Maria e de meu cunhado "Fulô", fomos (eu e Miguelinho) para Patos de Minas, onde cantamos, por alguns meses, no programa do "Compadre Formiga", meu querido amigo Padre Tomaz Olivieri. Mas eu não suportava passar mais que dois meses fora de Coromandel! Saia e voltava, voltava e saia...
Foi em 1953 que parti para Goiânia, onde fiquei conhecendo gente maravilhosa, e onde permaneci por dois anos, aprendendo muito, em todos os sentidos! Formei o "Trio da Amizade", com programas diários na inesquecível Rádio Brasil Central, e fomos os primeiros do Estado a gravar discos em São Paulo (2 discos com 78 RPM na antiga Columbia, atual CBS).
Tenho um carinho especial pelo Estado de Goiás, notadamente por Goiânia, onde deixei grandes amigos, que jamais esquecerei!
De lá parti, no último dia do ano de 1955, e confesso, parti com lágrimas nos olhos, mas a grande meta era São Paulo, o grande eixo, também no mundo artistico.
Aqui, gravei alguns discos com o "Trio Mineiro" e após uma temporada na Rádio Nacional, nos programas do amigo "Nhõ Zé", transferí-me para a Rádio Bandeirantes, onde fui contratado como aprensentador de programas, inicialmente no "Maiador da fazenda", do amigo e parceiro Zacarias Mourão, e posteriormente lancei o "Choupana do Goiá", além de ser substituto eventual dos saudosos Capitão Balduino e Comendador Biguá, em seus tradicionais programas "Brasil Caboclo" e "Serra da Mantiqueira".
Esqueci-me de dizer que durante toda minha trajetória, de Coromandel à Patos, Goiânia e São Paulo, jamais deixei de compor minhas músicas, e através delas, chorava a grande saudade de minha terra, mas, eu tinha em mente um ideal, e todo ideal exige sacrifícios, e de todos, o maior era a ausência prolongada de minha cidade, de minha gente, "meus amores"...
Permaneci na Rádio Bandeirantes até meados de 61, quando então a quase totalidade do "cast" sertanejo daquela emissora havia gravado músicas minhas; Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léo, as Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Souza e Monteiro, Primas Miranda e outros tantos(*).
(*)N.E. - Gravaram , também, nomes importantes como Milionário de José Rico, Chitãozinho e Xororó, Belmonte de Amaraí, Sergio Reis, Clayton Aguiar e João Renes e Reni.
Fui para a Rádio Nove de Julho (ainda como apresentandor) a convite do Geraldo Meirelles e Zé Claudino, lá ficando por dois anos, quando me despedi, e depois de uma curta temporada com Zacarias Mourão na Rádio Excelsior, decidi dedicar-me inteiramente às composições.
Com exceção de alguns meses como "free-lancer" na Rádio Nacional, no programa "Biá e seus Batutas", nunca mais voltei a apresentar programas, tendo me dedicado, de corpo e alma, aos meus "versos"...
Em tempo - Serão iniciadas brevemente as filmagens de "SAUDADE DE MINHA TERRA", cujas cenas finais serão realizadas no POÇO VERDE e em algumas ruas de Coromandel, também escrevi a trilha sonora total do filme "A VINGANÇA DE CHICO MINEIRO", que será lançado em todo Brasil, à partir de janeiro/79.